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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Sobre um governo opaco e um gosto amargo na boca


Por Pablo Rios

Semanas atrás a prefeita de São José do Jacuípe anunciou uma comissão formada por três pessoas, a fim de investigar as denúncias e manifestações feitas nos blogs e redes sociais contra o seu governo. De antemão, quero poupar-lhes este trabalho e ser redundante ao me identificar: Sou Pablo Rios, mantenedor do Blog Cuscuzeiro quem escrevi o presente texto. Investiguem, façam o que quiserem, pois a ditadura já acabou, o AI-5 não existe faz tempo e apesar de a gestão “Cidade Unida é Cidade Feliz” ter um affair com a censura, não podem me calar. 
No começo do ano, quando descobri que alguns espíritos de porco conspiravam para tirar meu emprego na prefeitura, um dos portadores de cargo de confiança da prefeita me disse por telefone que era por causa de minhas publicações que minha cabeça estava a prêmio. Na época eu respondi que a turma do compromisso age como quem bate e manda a criança engolir o choro. Para quem não entendeu: faz o errado e quer que ninguém diga nada, característica peculiar dos governos autoritários e cerceadores da liberdade de expressão. Outra faceta de governos centralizadores e corruptos é a falta de transparência e sobre isto eu nem preciso dizer mais nada, pois vários sites divulgaram uma lista de 47 municípios baianos que tiraram nota zero em transparência. Eu disse ZERO. E adivinhem: qual cidade estava entres estas? Ponto para quem respondeu São José do Jacuípe. 
Eu disse que não diria, mas vou dizer: a gestão cidade Unida é Cidade Feliz é nota ZERO em transparência, o que pode fazer com que a prefeita seja processada por improbidade administrativa, por não tornar públicas as contas do município. O que seja que ela tem a esconder? Um governo que acumula uma pilha de processos no ministério público, entre eles a contratação de funcionários fantasmas, onde o genro da prefeita recebe em sua conta o salário de um médico que já não está em folha não poderia tirar outra nota além de zero.
Sobre as assombrações da folha de pagamento, as denúncias foram feitas na justiça federal e na câmara de vereadores, onde infelizmente os quatro cavaleiros do Apocalipse, a serviço de vossa majestade, a prefeita, votaram contra uma investigação, mesmo tendo provas cabais e irrefutáveis em mãos. Motivos? Quem sabe? Quem sabe quais que quanto custaram os motivos? A verdade é que a falta de transparência do executivo contagiou parte do legislativo, pois os fiéis escudeiros de sua majestade nem sequer se deram ao luxo de justificarem o seu voto e já não fazem uso da palavra a algumas sessões. Medo ou nada de honesto a declarar? Com exemplos de vereador dizendo que sempre houve funcionário fantasma e jornalzinho expondo sem provas os delitos passados de alguns edis, podemos dizer que os últimos meses fecham o ano mais sujo da história política jacuipense. 
O tapete está tão cheio de sujeira que a imundície já se espalha pelas ruas, e cheira mal. Sinceramente, cartazes foram muito poucos para mostrar o que eles merecem ouvir. Um governo sem transparência nenhuma e que não se defende, uma câmara está limitada devido ao quarteto protetor da prefeita que diante de tanta bagunça não arruma a casa e prefere citar o velho lobo Zagallo dizendo “vocês vão ter que me engolir”. Está difícil. Seria muito melhor engasgar com uma espinha de peixe.

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