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quarta-feira, 9 de março de 2016

Poetapoeta: Com Sol Machado

Sol Machado nasceu em Xique-Xique,onde faz muito sol. Com 12 anos de idade já rabiscava alguns escritos poéticos e apresentava na escola. Foi primeira colocada no projeto estruturante Tempo de Arte Literária (TAL). Aos 16 anos mudou-se para Camaçari onde conheceu o poeta e cantador Bule Bule e em sua companhia declamou poesia no teatro da cidade. Com 18 foi para feira de Santana, onde participou de vários movimentos da cultura popular inclusive na Feira do Livro, com intervenções poéticas ao lado de vários cordelistas e escritores, tais como: Julivaldo Alves, Carlos silva e Carlos Renier Azevedo. Lançou seu primeiro livro, chamado Poesia Ambulante aos 19 anos na cidade de Feira de Santana. Atualmente reside em Xique Xique onde ministra oficinas de teatro e poesia, ao mesmo tempo em que cursa Magistério.



Com a poesia sempre à flor da pele, Sol inspira sua arte pelas redes sociais, que foi onde nos conhecemos e onde fiquei sabendo de seu hábito de escrever poemas em papéis e deixar por aí. Semeadora de versos, isso sim. Mesmo nunca tendo-a visto pessoalmente, já a tenho no rol de amigos poetas favoritos e é com prazer que a apresento aos meus leitores.
Esta entrevista foi concedida via Facebook e é lógico que os potássios foram suprimidos.

Cuscuzeiro - Por que escrever poesia?
Sol Machado - Na verdade me ponho em papel. Me declaro. Expurgo o que não cabe em mim, e quanto mais nebuloso mais salta do meu interior para o exterior. Amenizo então sobre o papel

Cuscuzeiro - podemos dizer então que você se confunde com o eu lírico de seus versos?
Sol Machado - Me confundo por me encontrar e me perder ao mesmo tempo em que me trovo e versejo o que penso.

Cuscuzeiro - A morte lhe assusta?
Sol Machado - A morte da carne trás consigo a esperança da vida, uma vez que para sempre será a essência e o espirito. Portanto não me assusta.

Cuscuzeiro - Sobre decepções:
Sol Machado - A decepção é o resultado do que e no que acreditamos e esperamos de algo ou alguém. É impossível não se decepcionar. Podemos amenizar esperando menos no que refere-se a pessoas. Mas nos acontecimentos precisa-se esperar o melhor e preparar para o pior.

Cuscuzeiro - Qual o melhor estado de espírito para poetizar?
Sol Machado - A poesia é o sentimento tao bom é sentir quando estamos amando e melhor ainda é poetizar sobre.

Cuscuzeiro - um medo:
Sol Machado - A solidão é um medo mudo dentro de mim.

Cuscuzeiro - Algo ainda por fazer:
Sol Machado - O melhor de mim que em algum lugar ou tempo não fiz.

Sol Machado em intervalo de uma intervenção artística

Cuscuzeiro - Acredita em amores impossíveis?
Sol Machado - Amores impossíveis apenas daqueles que não amam-se. Porque amor não se nega nem renega.

Cuscuzeiro - E nos amores que matam?
Sol Machado - Dizem que quem ama cuida. Mas uns matam e dizem ser por amor, mas que amor é esse que suporta a distancia da morte? Amor suicida é possessão jamais amor.

Cuscuzeiro - Sol Machado por Sol Machado.
Sol Machado - Os acontecimentos me definem por não ter a certeza do que direi ou farei amanha.


Fotos: facebook



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