2014 será um
ano atípico. Isso ninguém pode negar. Copa do mundo de futebol no país do
futebol, e com ela todas as manifestações, contra e à favor, mostrando que o
povo brasileiro (ou uma parte dele) não se contenta mais somente com discursos
inflamados do governo do pão e circo e não tem medo de mostrar a cara e gritar
sua opinião. Copa esta que nos trará também o maior recesso de meio de ano que
eu já vi - mostrando-nos o que é considerado prioridade para o nosso governo.
Eleições. Sim,
é o ano em que centenas de políticos que não fazem nada saem às ruas para pedir
o seu voto e assim continuarem por mais um mandato fazendo o que mais gostam,
ou seja, nada.
É o ano da
revolução! Eis a minha opinião. Coisas irão acontecer , e quando eu falo
"coisas" acreditem, não serão fatos comuns ou simplórios. Este ano
será inesquecível.
E não será
diferente aqui, em nosso pequeno município de São José do Jacuípe. O despertar
aqui não está acontecendo agora. Fico muito feliz ao ver que nossos jovens
estão saindo pra estudar, buscando mais para si mesmos e suas famílias. Porque
eu acredito que é a educação e o estudo que mudam a vida das pessoas. A educação
transforma o mundo e este não é um discurso vazio. A prova é que é o setor mais
prejudicado e ao mesmo tempo mais temido em todo e qualquer governo.
Ano passado
provamos isso. Ocupamos a Prefeitura, sede do governo municipal, e acampamos lá
por duas noites. Saímos somente depois de uma espécie de tratado assinado pela
gestora. Já estamos mostrando de novo a nossa força esse ano. O ano letivo
começou, mas não houve aula em nenhuma escola.
Em assembléia
convocada pela APLB-Sindicato de São José do Jacuípe, que teve público recorde
diga-se de passagem, votou hoje pelo não início de aulas até que o terço de
férias seja repassado às contas dos funcionários de educação. Parece uma
ironia, mas as férias serão prolongadas mais um pouco porque o que deveríamos
ter recebido para "curtir" as nossas ainda não chegaram às nossas mãos.
Nós,
funcionários da educação, estamos dizendo que devemos ser respeitados além de
seus discursos, que toda a pompa dos eventos não nos satisfaz e queremos além.
Queremos o que é nosso de direito e que não teremos receio nenhum de gritar
isso até que nossa voz seja ouvida.
Este será um grande ano, não duvidem disso, será um grande ano!
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