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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Política em cidade pequena é uma praga!

Pablo Rios é professor e escritor
Política em cidade pequena é uma praga!
Começar um texto assim de sola e ligado no 220 é algo que não costumo fazer. Mas tem coisas que a gente tem logo é que pular as introduções e a praxes pra ver se a coisa muda. O assunto é o mesmo: salários atrasados dos funcionários de São José do Jacuípe. Não! Não estou cobrando. As manifestações que fizemos e a ocupação da prefeitura - realizada por ordem da promotoria - já surtiram um ótimo efeito. Conseguimos negociar e o Executivo municipal comprometeu-se a pagar em algumas parcelas. Palmas para eles? Não. Por quê? Simples, eles estão fazendo a obrigação que tem. Pagar aos funcionários é o mínimo que se espera de qualquer administração e pagar na marra não é atitude merecedora nem de agradecimento. mas o assunto ainda não é esse.

Sei que depois de ler esse texto, algumas pessoas vão me torrar a paciência e encher seus feeds de deboches achando que isso os faz mais egrégios ou doutos, tendo a pachorra de dizerem que estou com politicagem. Aos parvos e suas falácias, as minhas largas costas.

Vamos esclarecer algumas coisas:
1 - Nada foi cobrado á pessoa de Verinha e sim da administração que ela representa, ou seja o município;
2 - A dívida não é de Almeida - nem da prefeita - e sim da prefeitura, por isso a cobrança é dirigida á prefeitura. Se a atual administração quiser cobrar do ex gestor, aí eles se entendam pra lá.
3 - Tem gente se perguntando "por que não cobraram de Almeida"? Simples: a única coisa que poderia ter sido cobrada dele em sua gestão é o 13º salário que costuma ser pago antes do natal, os vencimentos de dezembro de 2012 e terço de férias são pagos em janeiro. Em janeiro de 2013 ele não era mais o prefeito, portanto, se alguém tem que fazer aluma cobrança a ele é a prefeitura e não o povo.

Estou defendendo? Não! Estou afirmando pela enésima vez, para ver se entra em certas cabeças duras que os salários atrasados não são dívida de pessoa e sim de instituição. As pessoas se resolvam entre elas.

Mas vou para de tanto lenga-lenga e falar de vez o que me fez sentar para redigir este texto. Nossa cidade tem um mau costume enraizado e cultivado por algumas pessoas: perseguição política. O tipo que tem esse mau hábito se caracteriza como aquele indivíduo e passa a te olhar feio no ano eleitoral pelo simples fato de você não votar no mesmo candidato que ele. Ei! você que é desses, acorda! O país é livre! Ninguém é obrigado a ter a mesma preferência que você não! Vai caçar uma lavagem de roupa e cuidar da tua vida. Ta achando ruim teu vizinho, parente ou amigo votar diferente? Bate o dedinho no pé da mesa que passa.

Tempos atrás peguei carona no carro de uma criatura que se candidatou a uma cadeira na câmara de vereadores e ouvi um afirmação que me causou ojeriza: "Adversário tem que achar é um prego pra chupar os 4 anos". Ainda bem que este ser humano não se elegeu, pois uma pessoa com uma mentalidade dessa não merece se eleger nem pra capitão do baba de fim de tarde. O problema, é que tem muita gente que pensa que fazer política é isso: Meu grupo se elegeu, agora vamos pisar em quem votou contra.

Poxa! Isso é feio! Teve educação em casa não?

O que tá de fartura de gente com raiva porquê os funcionários foram pra rua reivindicar seus direitos não tá no gibi. "Me passe uma garapa"! Mas a pior, o que me fez escrever isso foi saber de funcionários que estão na mesma situação, mas por estarem sofrendo do que eu chamo de paixonite eleitoral - aquele amor inconsequente que faz o pobre coitado apoiar a situação cegamente, certa ou errada - tiveram a falta de pudor de dizer: "- Eu preferia ficar sem receber o meu, só pra ver esses lote de #*§@% não receber é nada!"

Pois é, acredite, teve isso sim. Fomos lutar pelo direito de todos os funcionários, sem  olhar lado político, tanto que haviam representantes da situação e da oposição no movimento, e alguns, pra fazerem cara de mau ou para demonstrarem seus amores pela gestão virem com uma ideia dessas. Todos vão receber seus direitos, e não foi por ficar em casa não, e sim porquê um grupo de funcionários públicos resolveu dar a cara a tapa e serem acusados de estarem com dor de cotovelo. Mas não tem problema, quando a comida da festa chegar, todos estão convidados a comer.

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