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sábado, 3 de maio de 2014

Bússola sem Norte

Crônica redigida por Pablo Rios para o Visão Daqui
Acesse o blog neste link: Visão Daqui
Uma coisa que todo ser humano que se aventura a opinar deve aprender é separar a pessoa comum de sua função temporária. Portanto, tecer poucas linhas para avaliar a administração de alguém investido no cargo de executivo municipal é um campo perigoso, principalmente quando há mais aspectos negativos do que positivos. Não tenho muito a dizer sobre a pessoa de Maria Veruzia Costa Matos, popularmente conhecida como Verinha, pois tenho pouco contato, embora as poucas vezes em que estive em sua presença, julguei ser uma pessoa muito animada e comunicativa. Mas preciso falar sobre a Administração Verinha, batizada de cidade unidade é cidade feliz.
Filha de um vice-prefeito falecido ainda no curso do mandato, Verinha foi pinçada por seu padrinho político, Tino, para ser a vice na chapa de Nonó, nas eleições de 2004. Quatro anos depois, amargou a segunda derrota, ao encabeçar a chapa que tinha o apoio dos três primeiros prefeitos da cidade. A vitória veio na terceira tentativa, ao substituir seu padrinho impossibilitado pela justiça de disputar as eleições. Sua campanha carregava o lema “compromisso com o povo” e lançava mão do uso de imagem de Tino, tal qual um Lula jacuipense.
Devidamente empossada, Verinha se viu diante de uma cidade cuja cultura política se baseia no toma lá da cá, com cabos eleitorais cobrando favores, vereadores querendo nomear os seus, débitos com patrocinadores de campanha e é claro, os velhos políticos que sempre se acercam dos novos para projetarem sua sombra de poder. Até o momento, o que é mais explícito é que muita gente exerce autoridade, menos a prefeita, que tem se aparentado bastante com uma bússola sem polo e dá indícios de arrependimento de ter entrado nessa, haja vista são muitos os comentários de seu desejo de renúncia. Onde há fumaça…
O que há de bom são as ações da secretaria de assistência social, no mais… Dança de cadeiras, troca-troca de secretários, perseguições a funcionários, paralizações da educação (três), inchaço de folha de pagamento, desvios de verbas do FUNDEB, possibilidade intervenção do Ministério Público e ausência. Sim, ausência. A frequência da gestora à prefeitura é totalmente inconstante, havendo semanas em que ela nem comparece e já tendo ficado mais de 40 dias sem subir os degraus para o gabinete.
Sua ausência na função e presença na UPA já vem sendo motivo de piada entre os munícipes, que cada vez mais cobram uma atitude da gestora, convidando-a a tomar as rédeas da situação. A bússola da prefeita parece não saber para onde apontar, pois a quantidade de nortes é enorme e o “compromisso com o povo” é quase nada.

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