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domingo, 11 de maio de 2014

Feliz dia das Mães!


No dias das mães, deixo minha homenagem a elas com duas poesias antigas minhas, uma sobre todas as mães (especialmente a minha) e a outra sobre a minha avó, no dia em que se tornou bisavó.

Elo Eterno

Entranhas, santas entranhas
Que me geraram e alimentaram
Tínhamos um vínculo
Um elo forte, inseparável
Unidos nos sentimentos e emoções
Um estava dentro do outro
E o outro esperando o um chegar
Um doido pra sair
O outro doido para ver a cara do um
Unidos sem divisão, sem limites, sem fronteiras
Duas vidas diferentes, que mesmo depois da chegada
Continuariam unidas até um dia
Em que o um dá com a mão
Diz tchau, vai em busca de aventuras
O outro espera, não a chegada
Mas a volta
Às vezes demora
Mas não há como esquecer

As entranhas, santas entranhas.

 Bisavó

Aquela que senta na varanda
Na cadeira de balanço
A que tem rugas de sabedoria
Cabelos brancos de cansaço
Aquela que o tempo ainda não venceu
A que atravessou eras, e eras e eras
Viveu por todos, e ninguém por ela
A que pouco recebeu, nada teve
O que será que aconteceu?
Quem levou muitos ao colo
Quem por todos lutou
Quem ainda vive esperando um obrigado
Que reza pelos seus filhos, pelos filhos dos seus filhos
E pelos filhos dos filhos dos seus filhos
Que pode não viver para reza
Pelos filhos dos filhos dos filhos dos seus filhos.
Ah...

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