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terça-feira, 11 de junho de 2013

Matéria completa sobre a tragédia em Capim Grosso - Por Arnaldo Silva

 
 
 
Um dos piores momentos para a educação de Capim Grosso foi registrado na tarde dessa segunda-feira, 10, no interior do Colégio Edvaldo Machado Boa Ventura, quanto por volta das 16h45min, o estudante do 8º ano, Eron dos Santos Ribeiro, 15 anos, filho de Luis do Gato, da Fazenda Tigre, município de Capim Grosso, foi vítima de um choque elétrico no espaço de construção da quadra de esportes, do referido estabelecimento de ensino.
De acordo com relatos colhidos na UPA 24h, para onde o corpo do estudante foi levado, uma aula não aconteceu e alguns alunos aproveitaram o horário vago para jogar bola, foi quando em certo momento da brincadeira, a bola caiu dentro do espaço da quadra, Eron foi pegar a bola e teria segurado em uma chapada de ferro que estava sendo soldada, descalço, piso molhado, o estudante recebeu um choque muito forte. Profissionais do SAMU 192 foram acionados, mas nada puderam fazer. O estudante deu entrada na UPA sem os sinais vitais.
A notícia da morte do garoto se espalhou rapidamente. Na UPA 24h o desespero da mãe que gritava copiosamente pelo filho. Amparada por pessoas da família, o estado da mãe deixou as pessoas que acompanhavam o desenrolar dos fatos, comovidas. Além de pessoas da família, colegas do Colégio, professores, secretários da administração municipal, o prefeito Sivaldo Rios, também estava acompanhando a situação, todos bastante abatidos por sinal.
A classe que Eron estudava é composta de 38 alunos, assim informou uma colega que não estava na hora do acidente, mas que chegou a ver o corpo do colega morto no local. “Um choque muito grande para todos nós”, relatou a colega de Eron que estava na UPA bastante abatida.
A obra que está sendo realizada nas dependências do Colégio Edvaldo Machado Boa Ventura, onde aconteceu a tragédia, atende as medidas de segurança, isolamento da área, placa sinalizando os perigo pertinentes da obra, dentre outros pontos ou essas medidas passarão a ser colocadas a partir de agora buscando evitar novas tragédias?
Em conversa com uma pessoa que trabalha com segurança do trabalho, a informação que todos esses pontos deveriam ter sido analisados pela empresa responsável pela construção, bem como pela prefeitura, que tem a missão de acompanhar todo o processo. Com todos os pontos analisados, o colégio poderia até ter sido fechado para que tanto a construção da quadra, como a reforma que está sendo feita no colégio pudesse estar acontecendo dentro das normas e sem colocar a vida de alunos e professores em risco, mas como o processo não aconteceu dessa forma, fica o alerta sobre o trabalho que segue sendo realizado no colégio, bem como em outras realizações que estão acontecendo e as vindouras.
Mas uma coisa precisa ser dito nesse momento. Se for comprovado que houve falhas no processo de condução da construção da quadra, deixará de ser uma fatalidade para ser um caso de justiça, afinal de contas uma vida se foi, deixando pais, amigos, colegas, professores e uma comunidade inteira consternada com o fato que não poderá ser banalizado, deixado de lado, esquecido. Então que apurem os fatos para assim sabermos se houve falhas no processo de condução da obra ou se foi uma fatalidade.
Texto: Arnaldo Silva/Fotos: Vereador Samoel Moto Taxi.

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