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sábado, 17 de agosto de 2013

Me perdi em Salvador

Sei que minha mãe (que saberá do caso somente ao ler a crônica) irá me ligar logo que clique em úblicar para me dar uma bronca pela aventura de hoje. Mas seria eu egocêntrico ao ponto de não compartilhar com meus leitores minha Odisséia de hoje na primeira capital do Brasil? Não, jamais. mas não poderia eu mandar uma mensagem avisando do ocorrido? E fazer esta crônica perder seu ar profético? Necas de pitibiribas!
Hoje, sábado, dias 17 de agosto de 2013, data em que me encontro de folga do treinamento de atendente comercial dos correios em Salvador, resolvi vistar a minha tia Ester, residente e domiciliada no Cabula não sei quanto. Protelei um pouco a saída, mas quando logrei fazer, descobri que na porta do hotel não passa linha para meu destino, então, seguindo orientação de um dos funcionários do hotel, segui a pé par o ponto mais próximo onde pegaria a minha condução. E lá foi mais de um quilômetro a bordo de minhas canelas finas.
Lá chegando me cansei de muito esperar e me informei com o porteiro do Teatro Jorge Amado onde pegaria o transporte de forma mais rápida. Quinze minutos depois estou eu na porta do Shopping Itaigara a esperar a condução, tendo lá chegado a pé. Indaguei a um vendedor de latinha qual linha deveria pegar para o Cabula e este citou umas três. Dessas três, peguei a primeira que passou "e lá vamos nós".
Reconheci alguns pontos de referência que tenho por aqui e fui ficando contente, principalmente quando percebi que já estava no Cabula. Mas havia esquecido algo: O Cabula é enorme. Já não estava reconhecendo mais nada, mas ainda assim estava contente pois degustava ainda o ledo engano de que todo ônibus que passa pelo Cabula passa na rua da minha tia. Quase uma hora depois olhei para trás e vi que só havia eu de passageiro no veículo e o trocador me perguntou onde eu ia ficar.
- No Cabula - respondi.
- Você já tá é no fim de linha.
E lá estava eu nos recônditos da Mata Escura. Vixe! E agora?
o trocador me colocou em outro ônibus para voltar para o Cabula. Não paguei.
Lá vou eu feliz da vida e com uma dor de cabeça querendo começar. Reconheci vários lugares da ida, e foi aí que o "busão" começou a passar por uns viadutos e quando dei por mim passava em frente aos portões do orgulho do governo Wagner: A Arena Fonte Nova. Lascou tudo! Eu, de novo sem saber para onde ia. Então, a la Zeca Pagodinho, deixei a vida me levar no intuito de descer no primeiro ponto de referência que eu conhecesse. Mas cadê os pontos de referências quando se precisa deles?
Então já escurecendo, o ônibus parou junto a muitos outros e então perguntei a um tiozinho onde estávamos. Estação da Lapa. Desci e ali vi uma praça de alimentação composta só de ambulantes. Comi um espetinho de coração e um de frango (pelo que minha mãe também me puxará a orelha) e sendo sabedor da conexão entre a estação e o Piedade, fui bater perna no shopping. Comprei uma camiseta do Lanterna Verde e uma touca xadrez, peguei um busão para a Pituba e aqui estou dando este ponto final.

Saulo, avise a sua mãe que amanhã irei visitá-los, mas dessa vez eu acerto.

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